STYRACACEAE

Styrax acuminatus Pohl

LC

EOO:

465.121,376 Km2

AOO:

128,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Ocorre nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Fritsch, 2012).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Daniel Maurenza de Oliveira
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

<i>S. acuminatus</i> é uma arbórea do Sul e Sudeste brasileiro. Foi estimada Extensão de Ocorrência bastante superior a 20.000 km². Embora tenha baixa densidade (máximo 6 indivíduos por hectare), muitas subpopulações foram encontradas em área sob proteção integral, de mode que a espécie não apresenta risco de extinção.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em Pl. Bras. Icon. Descr. 2: 58 (t. 138). 1830. Nomes populares: "Jacutinga", "Pombeiro" (Fritsch, 2012), "Benjoeiro" e "Pindauvuna" (Catharino, 2006).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes: Em fragmento florestal urbano, floresta ombrófila densa, no município de Criciúma, no estado de Santa Catarina, apresentou 6 indivíduos por hectare (Silva, 2006). Em levantamento na Mata da Zilda, floresta decídua, na região do triângulo mineiro, no estado de Minas Gerais, apresentou uma densidade absoluta (ind./ha) de 5,1 no ano de 1994 e 3,8 no ano de 1998, e uma variação da área basal de 0,0782 no ano de 1994 para 0,0935 no ano de 1998 (Werneck et al., 2000). Em estudo de uma floresta ombrófila mista montana secundária em Lages, no estado de Santa Catarina, foram amostrados um total de 4 indivíduos em uma área de 1ha (Silva et al., 2012). Em levantamento fitossociológico de uma floresta estacional decidual no município de Frederico Westphalen, no estado do Rio Grande do Sul, foi amostrado apenas 1 indivíduo em uma área de 1ha (Scipioni et al., 2011).

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Ocorre em floresta estacional semidecidual (Souza; Araújo, 2005); floresta ombrófila densa (Silva, 2006); floresta ombrófila mista montana e floresta estacional decidual (Fritsch; Aranha, com. pessoal).
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland
Detalhes: Caracteriza-se por árvores (Souza; Araújo, 2005); apresenta síndrome de dispersão zoocórica e autocórica; síndrome de polinização zoofílica; floresce em Setembro e Outubro, frutifica de Janeiro a Fevereiro, e de Setembro a Outubro (Catharino, 2006; Silva, 2006); espécie clímax exigente de luz (Werneck et al., 2000).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
A Mata Atlântica já perdeu mais de 93% de sua área e menos de 100.000 km² de vegetação remanesce. Algumas áreas de endemismo, como Pernambuco, agora possuem menos de 5% de sua floresta original. Dez porcento da cobertura florestal remanescente foi perdida entre 1989 e 2000 apenas, apesar de investimentos consideráveis em vigilância e proteção. Antes cobrindo áreas enormes, as florestas remanescentes foram reduzidas a vários arquipélagos de fragmentos florestais muito pequenos, bastante separados entre si. As matas do nordeste já estavam em grande parte devastadas (criação de gado e exploração de madeira mandada para a Europa) no século XVI. As causas imediatas da perda de habitat: a sobrexplotação dos recursos florestais por populações humanas (madeira, frutos, lenha, caça) e a exploração da terra para uso humano (pastos, agricultura e silvicultura). Subsídios do governo brasileiro aceleraram a expansão da agricultura e estimularam a superprodução agrícola (açúcar, café e soja). A derrubada de florestas foi especialmente severa nas últimas três décadas; 11.650km2 de florestas foram perdidos nos últimos 15 anos (284 km² por dia). Em adição à incessante perda de hábitat, as matas remanescentes continuam a ser degradadas pela extração de lenha, exploração madeireira ilegal, coleta de plantas e produtos vegetais e invasão por espécies exóticas (Tabarelli et al., 2005).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
4.4.3 Management
Espécie ocorre em Unidades de Conservação: Parque Municipal Arthur Thomas e Parque Estadual Mata dos Godoy, no estado do Paraná; Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro; Parque Estadual Carlos Botelho, Estação Ecológica Águas de Santa Bárbara, Parque Estadual Pariquera Abaixo e Parque Estadual do Jaraguá, em São Paulo (CNCFlora, 2012); e Parque Estadual de Vila Velha no Paraná (Fritsch; Aranha, com. pessoal).
Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level
Espécie considerada Em Perigo (EN) pela Lista vermelha da flora do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002).